Vegetação
A vegetação litorânea do estado de
Pernambuco apresenta, matas, manguezais e cerrados,
que recebem a denominação de "tabuleiro", formado por gramíneias e
arbustos tortuosos, predominantemente representados, entre outras espécies
por batiputás e mangabeiras.
Formadas por floresta Atlântica, as matas registram a
presença de árvores altas, sempre verdes, como a peroba e
a sucupira.
Localizados nos estuários, os manguezais apresentam árvores com raízes de
suporte, adaptadas à sobrevivência neste tipo de ambiente natural.
A vegetação nativa do planalto da Borborema e do Sertão caracteriza-se
pela presença da caatinga, devido ao clima quente e seco característico da
região. A caatinga pode ser do tipo arbóreo,
com espécies como a baraúna, ou arbustivo representado,
entre outras espécies pelo xique-xique e
o mandacaru.
Mata (Zona da Mata)
A Zona da Mata é uma
sub-região que fica na costeira da Região Nordeste do Brasil que se
estende do estado do Rio Grande do Norte até o sul da Bahia, formada por uma
estreita faixa de terra para os padrões continentais do Brasil.
O nome “Zona da Mata” deve-se à Mata Atlântica que originalmente cobria a
região, mas atualmente está quase extinta.
Sua área concentra seis das nove
capitais da região (Natal, João Pessoa, Recife, Maceió, Aracaju e Salvador).
É a zona mais urbanizada, industrializada e economicamente desenvolvida da
Região Nordeste.
A vegetação original
na zona da mata era predominantemente Mata Atlântica.
É uma área com alto nível de urbanização, além de concentrar os principais
centros regionais do Nordeste. No setor agrícola, destaca-se as grandes
propriedades de tabaco, cana-de-açúcar e cacau. Existe uma
larga produção agrícola, devido ao solo fértil (massapê). Nas
últimas décadas dessa região, tem ocorrido crescimento industrial impulsionado
por incentivos fiscais estaduais.
Seu clima é tropical úmido com
temperaturas que rondam entre os 20 e os 30 graus positivos, pouco descendo
abaixo dos 20 graus, embora nas longitudes menos costeiras temperaturas abaixo
dos 20 graus não sejam tão incomum, graças a continentalidade sem a influência
maior das correntes marinhas equatoriais e tropicais. Também sobe pouco acima
dos 30 graus, ao contrário do bioma sertão na mesma latitude e outros biomas de
latitude e umidade similar no sudeste asiático.
·
Estende-se do litoral a 200 km para o interior.
·
Apresenta regularidade de chuva.
·
Culturas: cana-de-açúcar, cacau, tabaco e lavoura de subsistência.
Manguezal
Manguezal, mangue, mangrove ou mangal é
um ecossistema costeiro de transição entre
os ambientes terrestre e marinho, zona úmida característica
de regiões tropicais e subtropicais.
Associado às margens de baías,
enseadas, barras, desembocaduras
de rios, lagunas e reentrâncias costeiras, onde haja encontro de
águas de rios com
a do mar,
ou diretamente expostos à linha da costa, está sujeito ao regime das marés,
sendo dominado por espécies vegetais típicas, às quais se relacionam outros
componentes vegetais e animais.
Ao contrário do que acontece em praias arenosas
e dunas,
a cobertura vegetal do manguezal instala-se em substratos de vasa de formação
recente, de pequena declividade, sob a ação diária das marés de água salgada
ou, pelo menos, salobra.
Em virtude do solo salino e da
deficiência de oxigênio, nos manguezais predominam os vegetais
halófilos, em formações de vegetação litorânea ou em formações
lodosas. As suas longas raízes permitem a sustentação das árvores no solo
lodoso.
Os manguezais são encontrados ao
longo de todo o litoral brasileiro, onde as principais espécies de árvores típicas
deste bioma são:
·
Laguncularia racemosa (mangue-branco)
- encontrado em terrenos mais altos, de solo mais firme, associado a formações
arenosas;
A espécie Laguncularia
racemosa merece destaque por ser a única espécie típica de mangue
encontrada no Arquipélago de Fernando de Noronha, num único
manguezal localizado na Baía do Sueste.
Os
manguezais desempenham um importante papel como exportador de matéria orgânica
para os estuários, contribuindo para a
produtividade primária na zona costeira. Por essa razão, constituem-se em ecossistemas complexos e dos mais
férteis e diversificados doplaneta. A sua biodiversidade faz com que essas áreas se
constituam em grandes "berçários" naturais, tanto para as espécies
típicas desses ambientes, como para animais, aves, peixes, moluscos e
crustáceos, que aqui encontram as condições ideais para reprodução, eclosão,
criadouro e abrigo, quer tenham valor ecológico ou econômico.
Cerrado
Quem já viajou pelo interior do
Brasil, através de estados como Minas Gerais, Goiás, Tocantins, Bahia, Mato
Grosso ou Mato Grosso do Sul, certamente atravessou extensos chapadões,
cobertos por uma vegetação de pequenas árvores retorcidas, dispersas em meio a
um tapete de gramíneas - o cerrado.
Durante os meses quentes de verão,
quando as chuvas se concentram e os dias são mais longos, tudo ali é muito
verde. No inverno, ao contrário, o capim amarelece e seca; quase todas as
árvores e arbustos, por sua vez, trocam a folhagem senescente por outra
totalmente nova. Mas não o fazem todos os indivíduos a um só tempo, como nas
caatingas nordestinas. Enquanto alguns ainda mantém suas folhas verdes, outros
já as apresentam amarelas ou pardacentas, e outros já se despiram totalmente
delas.
Assim, o cerrado não se comporta como
uma vegetação caducifólia, embora cada um de seus indivíduos arbóreos e
arbustivos o sejam, porém independentemente uns dos outros. Mesmo no auge da
seca, o cerrado apresenta algum verde no seu estrato arbóreo-arbustivo. Suas
espécies lenhosas são caducifólias, mas a vegetação como um todo não. Esta é
semicaducifólia.
Caatinga
Caatinga (do tupi: ka'a [mata]
+ tinga [branca] = mata branca) é o único bioma exclusivamente brasileiro,
o que significa que grande parte do seu patrimônio biológico não pode ser
encontrado em nenhum outro lugar do planeta. Este nome decorre dapaisagem esbranquiçada
apresentada pela vegetação durante
o período seco: a maioria das plantas perde as folhas e os troncos tornam-se
esbranquiçados e secos. A caatinga ocupa uma área de cerca de 850.000 km²,
cerca de 10% do território nacional, englobando de forma contínua parte dos
estados da Paraíba, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Maranhão,Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia (região Nordeste do Brasil) e parte do
norte de Minas Gerais (região Sudeste do Brasil).
Ocupando cerca de 850 mil km²
(aproximadamente 10% do território nacional), é o mais fragilizado dos biomas
brasileiros. O uso insustentável de seus solos e recursos naturais ao longo de
centenas de anos de ocupação, associado à imagem de local pobre e seco, fazem
com que a caatinga esteja bastante degradada. Entretanto, pesquisas recentes
vêm revelando a riqueza particular do bioma em termos de biodiversidade e
fenômenos característicos.
Do ponto de vista da vegetação, a
região da caatinga é classificada como savana estépica.
Entretanto, a paisagem é bastante diversa, com regiões distintas, cujas
diferenças se devem à pluviometria, fertilidade e
tipos de solo e relevo. Uma primeira divisão que pode ser feita é entre
o agreste e
o sertão.
O agreste é uma faixa de transição entre o interior seco e a Mata Atlântica,
característica da Zona da Mata .
Já o sertão apresenta vegetação mais rústica. Estas regiões são usualmente
conhecidas como Seridó, Curimataú, Caatinga e Carrasco.
Segundo esta distinção, a caatinga
seridó é uma transição entre campo e a caatinga arbórea. Cariri é o nome da caatinga
com vegetação menos rústica. Já o Carrasco corresponde a savana muito densa,
seca, que ocorre no topo de chapadas ,
caracterizada pelo predomínio de plantas caducifólias lenhosas, arbustivas,
muito ramificadas e densamente emaranhadas por trepadeiras. Ocorre sobretudo
na Bacia do Meio Norte e Chapada do Araripe.
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Fontes: