terça-feira, 17 de maio de 2016

Miniarco Metropolitano Solução para os engarrafamentos da BR 101 Norte, porém será mais um pedágio no estado.

Miniarco deve, enfim, começar a sair do papelPrimeira etapa do processo, a Permissão de Manifestação de Interesse deve ser publicada neste mês

A implantação do miniarco metropolitano será discutida nesta terça-feira (17), a partir das 9h30, no plenário da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), em audiência pública convocada pela Comissão de Negócios Municipais da Casa.
A reunião tem como objetivo buscar informações sobre a implantação da intervenção que vai interligar os municípios de Goiana, Igarassu e Itapissuma, permitindo um melhor escoamento da produção da Mata Norte pernambucana.
Foram convidados para compor a mesa de discussões representantes das secretarias estaduais de Planejamento e Gestão, Desenvolvimento Econômico, Meio Ambiente, Transportes, da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) e do Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de Pernambuco (DER-PE).
“A audiência vai ampliar a discussão sobre uma obra importante para o desenvolvimento de Pernambuco, uma obra que o governo estadual lançou no sentido de solucionar os entraves que o Governo Federal trouxe para a execução efetiva do Arco Metropolitano”, justifica a deputada Priscila Krause (DEM), que solicitou a audiência.


Por: Rochelli Dantas - Diario de Pernambuco

O governo do estado prepara para este mês a publicação da Permissão de Manifestação de Interesse (PMI) do chamado miniarco, rodovia de 14,4 quilômetros que será construída em Abreu e Lima. Esta é a primeira etapa do processo. Após a publicação da PMI no Diário Oficial do estado, serão 120 dias para que os interessados apresentem o modelo que pretendem implantar no local. A ideia é que o projeto seja realizado por meio de uma concessão no modelo de Parceria Público-Privada (PPP), já que esta será uma via pedagiada. 

Pelos cálculos do governo do estado, o projeto representa um investimento de R$ 160 milhões e as obras devem ter duração de dois anos. “O traçado começa próximo ao Hospital Miguel Arraes até a entrada de Itamaracá, pela PE-35. O trecho tem um formato que lembra um ‘S’, com estrada pela esquerda e pela direita, para livrar áreas de preservação ambiental”, diz o gerente geral de projetos da Secretaria de Transportes de Pernambuco, Luís Alberto de Araújo. 

Rodovia de 14,4 quilômetros deve desafogar o trânsito em Abreu e Lima. Foto: Roberto Ramos/ DP
Foto: Roberto Ramos/ DP
Após o período de apresentação das propostas pelas empresas, o governo irá analisar os documentos recebidos e, em seguida, deve haver a publicação do edital de contratação, o que deve acontecer no início do segundo semestre deste ano. De acordo com Araújo, o projeto já possui um termo de referência emitido pela Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH). “A contraproposta do governo serão as desapropriações da área. Não é algo muito grande. A estimativa de investimento é algo em torno de R$ 25 milhões, recurso estadual.”
O miniarco é considerado uma alternativa para driblar os atrasos do Arco Metropolitano, projeto com 77 quilômetros de extensão, mas que está sem previsão de sair do papel. O grande gargalo se encontra no trecho da BR-101 em Abreu e Lima, cujo trânsito é intenso. A rodovia é essencial para que as indústrias que se instalaram na Zona da Mata Norte pernambucana – a exemplo da Jeep, que encabeça o polo automotivo – possam escoar a produção.  
“As empresas dependem desse miniarco. É preciso melhorar o acesso principalmente para o escoamento da produção. O deslocamento de pessoas é intenso naquela área. Estimativas apontam que nove mil pessoas trabalham nos municípios de Goiana, Igarassu e Itapissuma. Então, destravar aquela área e avançar na questão da mobilidade é essencial para o desenvolvimento da região”, ressalta a diretora executiva da Associação das Empresas de Goiana (AEG), Margarete Bezerra.
Solução
A saída definitiva para o problema é mesmo o Arco Metropolitano, que ligará a BR-101 Norte, em Igarassu, no Grande Recife, à BR-101 Sul, no Cabo de Santo Agostinho, onde está localizado o Complexo Industrial Portuário de Suape. As obras estão orçadas em R$ 1,5 bilhão. Desde 2013, o projeto está a cargo do governo federal. Quando a obra for autorizada, serão necessários cerca de 36 meses para conclusão do projeto.

Fontes:
http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/economia/2016/03/09/internas_economia,631409/miniarco-deve-enfim-comecar-a-sair-do-papel.shtml
http://www.folhape.com.br/blogdafolha/?p=234137
http://www.folhape.com.br/blogdafolha/?p=237240