Geologia e relevo
O relevo é moderado: 76% do
território estão abaixo dos 600 m. É formado basicamente por três unidades
geoambientais: Baixada litorânea, Planalto da Borborema e Depressão Sertaneja. O litoral é
uma grande planície sedimentar, quase que em sua
totalidade ao nível do mar, tendo alguns pontos abaixo do
nível do mar. Nessas planícies estão as principais cidades do estado, como Recife e
Jaboatão dos Guararapes.
Chapada do Araripe
A altitude aumenta à medida que se
afasta do litoral. O Planalto da Borborema, principal formação
geológica na faixa de transição daZona da Mata para
o Agreste,
é conhecido popularmente como Serra das Russas, e tem altitude média de
400 m, ultrapassando os 1.000 m nos pontos mais elevados. Em Brejo da Madre de Deus, no agreste
pernambucano, está localizado o Pico da Boa
Vista (1.195 m), ponto culminante do estado. (Pico do Papagaio
é o ponto mais alto do estado)
No Sertão os níveis de altitude decrescem em
direção ao Rio São Francisco, formando, em relação ao
Planalto da Borborema, uma área de depressão relativa. O município sertanejo de Triunfo é a cidade mais alta de Pernambuco
(1.004 m), e onde localiza-se o segundo ponto mais alto do estado, o Pico do Papagaio (1.185 m).
Baixada Litorânea
Distinguem-se, de leste para oeste:
praias protegidas pelos recifes; uma faixa de tabuleiros areníticos,
com 40 a 60 m de altura; e a faixa de terrenos cristalinos talhados em colinas,
que se alteiam suavemente para oeste até alcançarem 200 m no sopé da escarpa da
Borborema.
Tanto a faixa de tabuleiros como a de colinas são
cortadas transversalmente por vales largos
onde se abrigam amplas várzeas (planícies aluviais). Fortes contrastes
observam-se entre os solos pobres
dos tabuleiros e os solos mais ricos das colinas e várzeas. Nos dois últimos
repousa a aptidão do litoral pernambucano para o cultivo da cana-de-açúcar, base de sua economia agrícola.[7]
Planalto da Borborema e depressão sertaneja
Seu rebordo oriental, escarpado,
domina a baixada litorânea com um desnível de 300 m, o que lhe confere ao topo
uma altitude de 500 m. Para o interior, o planalto ainda se alteia mais e
alcança média de 800 m em seu centro, donde passa a baixar até atingir 600 m
junto ao rebordo ocidental.
Diferem consideravelmente as topografias da
porção oriental e da porção ocidental. A leste, erguem-se sobre a superfície do
planalto cristas de leste para oeste, separadas por vales, que configuram
parcos relevos de 300 m. Aproximadamente no centro-sul do planalto eleva-se o
maciço dômico de Garanhuns, que supera a altitude de 1.000 m.
No Sertão as cotas altimétricas decrescem em
direção ao Rio São Francisco, formando, em relação ao
Planalto da Borborema, uma área de depressão relativa. As formações
geomorfológicas predominantes são os inselbergues,
serras e chapadas,
estas últimas aparecendo em áreas sedimentares. A Chapada do Araripe tem altitude média de
800 m.
Ilhas oceânicas
O arquipélago de Fernando de Noronha é constituído por rochas
vulcânicas, e seu relevo envolve desde áreas planas de baixa
altitude até morros com encostas íngremes e picos isolados como o Morro do Pico (323
metros sobre o nível do mar). Já o arquipélago de São Pedro e São Paulo,
cujas rochas expostas são peridotitos serpentinizados
de um megamullion tectonizado — única exposição mundial do manto abissal acima
do nível do mar —, se eleva apenas até 23 metros de altitude.
Fontes:
http://www.pe.gov.br/conheca/geografia/